Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
A greve de
professores das universidades federais atinge 44 instituições de ensino
superior (veja quadro abaixo). Cerca de um milhão
de alunos estão sem aulas. A greve foi iniciada na última quinta-feira (17). Os
professores querem aumento de salário, melhores condições de trabalho e
mudanças na política salarial.
A
greve é por tempo indeterminado. Só no estado do Rio de Janeiro, cem mil
estudantes podem ficar sem aulas. Os professores da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) aderiram a greve. O sindicato da categoria informou que 40%
dos professores estão parados. Em
São Paulo , professores da Unifesp anunciaram a adesão ao
movimento.
O Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) diz que o
governo não cumpriu um acordo do ano passado para reestruturar a carreira.
"Nós estamos em negociação desde agosto de 2010 e até o momento não se
apresentou nenhum avanço em termos de alteração da proposta governamental sobre
reestruturação da carreira", diz Marina Barbosa, presidente da
Andes.
O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a postura do sindicato.
"Não vejo por que uma greve neste momento, neste cenário. Estamos
negociando uma alteração nas carreiras que terá impacto somente no ano que vem.
Por que parar as aulas em maio?", questionou Mercadante.
"O
apelo que estamos fazendo é para que haja uma recuperação dessa decisão.
Cumprimos o acordo e a negociação está em aberto. Essa greve
traz prejuízos a 1 milhão de estudantes e o Brasil precisa que eles
estudem", defendeu Mercadante. Ele também reclamou da demora do Congresso
em aprovar o reajuste para os professores universitários. De acordo com o ministro,
foi preciso o Planalto editar uma medida provisória na última semana para
garantir o aumento dos docentes retroativo a março.
Em
nota, o ministério afirma que: "o Ministério da Educação esclarece que nenhum
funcionário ou professor de universidade ou instituto federal ganha R$ 500.
Esclarece ainda que sabonete e papel higiênico não estão na pauta de
reivindicações do ANDES. O índice de reajuste acordado com os sindicatos foi
cumprido, ainda que de forma retroativa ao mês de março. O salário de junho já
trará os novos valores acrescidos ainda da incorporação das gratificações. O
que se discute agora é o Plano de Carreiras, cujas negociações estão abertas e
dentro do prazo".
O
Ministério da Educação deve se reunir na próxima semana com representantes da categoria
para buscar uma solução para acabar com a greve.
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