quinta-feira, 24 de maio de 2012

Greve de professores afeta 1 milhão de alunos de universidades federais




Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

A greve de professores das universidades federais atinge 44 instituições de ensino superior (veja quadro abaixo). Cerca de um milhão de alunos estão sem aulas. A greve foi iniciada na última quinta-feira (17). Os professores querem aumento de salário, melhores condições de trabalho e mudanças na política salarial.

A greve é por tempo indeterminado. Só no estado do Rio de Janeiro, cem mil estudantes podem ficar sem aulas. Os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aderiram a greve. O sindicato da categoria informou que 40% dos professores estão parados. Em São Paulo, professores da Unifesp anunciaram a adesão ao movimento. 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) diz que o governo não cumpriu um acordo do ano passado para reestruturar a carreira. "Nós estamos em negociação desde agosto de 2010 e até o momento não se apresentou nenhum avanço em termos de alteração da proposta governamental sobre reestruturação da carreira", diz Marina Barbosa, presidente da Andes. 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a postura do sindicato. "Não vejo por que uma greve neste momento, neste cenário. Estamos negociando uma alteração nas carreiras que terá impacto somente no ano que vem. Por que parar as aulas em maio?", questionou Mercadante.

"O apelo que estamos fazendo é para que haja uma recuperação dessa decisão. Cumprimos o acordo e a negociação está em aberto. Essa greve traz prejuízos a 1 milhão de estudantes e o Brasil precisa que eles estudem", defendeu Mercadante. Ele também reclamou da demora do Congresso em aprovar o reajuste para os professores universitários. De acordo com o ministro, foi preciso o Planalto editar uma medida provisória na última semana para garantir o aumento dos docentes retroativo a março.

Em nota, o ministério afirma que: "o Ministério da Educação esclarece que nenhum funcionário ou professor de universidade ou instituto federal ganha R$ 500. Esclarece ainda que sabonete e papel higiênico não estão na pauta de reivindicações do ANDES. O índice de reajuste acordado com os sindicatos foi cumprido, ainda que de forma retroativa ao mês de março. O salário de junho já trará os novos valores acrescidos ainda da incorporação das gratificações. O que se discute agora é o Plano de Carreiras, cujas negociações estão abertas e dentro do prazo".

O Ministério da Educação deve se reunir na próxima semana com representantes da categoria para buscar uma solução para acabar com a greve.


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