Informações da Agência Estado
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou hoje que a nova proposta do governo federal para partilha de royalties de petróleo do pré-sal é um avanço na direção de equilibrar os repasses a todos os Estados. Wagner chegou a defender uma distribuição inversamente proporcional ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos Estados, ou seja, aqueles com piores índices receberiam mais recursos. "Se a gente quer um desenvolvimento integral do Brasil, é importante que se destine mais investimento aos Estados mais pobres, senão haverá uma superconcentração de riqueza", disse, em entrevista à imprensa após proferir palestra a empresários em evento na capital paulista.
Em sua nova proposta, o governo federal concordou ontem em abrir mão de uma receita de R$ 1,8 bilhão correspondente à parcela da União nos royalties do petróleo. Os recursos do governo federal nos royalties cairiam de 30% para 20% em 2012. Já a fatia da participação especial passaria de 50% para 46%. Aos Estados produtores caberia reduzir de 26,5% para 25% sua parte nos royalties.
De acordo com o governador baiano, os Estados produtores deveriam aceitar abrir mão de uma parte maior das futuras receitas do petróleo. "Sou contra mexer no que já está consolidado porque isso altera o fluxo de caixa e já faz parte do orçamento de cada Estado produtor", afirmou. "Os recursos do pré-sal, porém, só devem começar a chegar em 2017 e, portanto, não é verdade esses Estados dizerem que estão perdendo recursos na partilha com os não produtores. Esta é uma riqueza totalmente nova que vai ser distribuída de uma maneira diferente", analisou.
Direção
Wagner acredita que o Congresso e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva erraram ao aprovar e sancionar o marco regulatório com veto ao artigo que determinava a divisão dos royalties entre Estados produtores e não produtores. Para o baiano, era necessário ter uma proposta "mais equilibrada".
"A partir de então, os opositores migraram para o outro extremo e fizeram a emenda que impactava tudo para trás. Aí, é evidente que não tem como admitir perdas no fluxo de caixa de Espírito Santo e Rio de Janeiro", afirmou, em referência à chamada Emenda Ibsen, que redistribui os recursos entre todos os Estados e municípios brasileiros.
Disponível em: http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=5770912
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