quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Greve em Simões Filho deixa 20 mil alunos sem aulas, diz sindicato

(Do G1 BA, com informações da TV Bahia)

 

Professores de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, fizeram uma passeata pelas ruas da cidade durante a manhã desta quinta-feira (15). Pelo menos 20 mil alunos da rede municipal estão sem aulas desde o dia 6 de setembro, quando a categoria decretou em assembleia o início oficial da greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) na cidade.

Antes da assembleia, a categoria intercalava a suspensão das aulas na metade do turno ou durante um ou dois dias, o que a APLB chamou de "operação tartaruga".

De acordo com Lindinalva de Oliveira, coordenadora da APLB, o objetivo principal do protesto é pressionar a prefeitura à negociação do reajuste salarial e exigir melhores condições de trabalho. “Já mandamos quatro ofícios e eles não nos atendem. Todo dia vamos fazer algum protesto. Fizemos estudos que provaram uma defasagem salarial de 25,71% e que a prefeitura pode pagar até mais”, disse.

Ailton Gomes Sampaio é pai de um garoto de 8 anos que cursa a 4° série do Colégio Batista Paulo de Tarso e aguarda a resolução do problema para que seu filho volte a estudar. "Eu sei que eles têm que protestar. Já tive que levar açúcar para fazer o suco porque lá não tem merenda. Eles reclamam do salário. Mas não pode durar muito tempo porque meu filho sai prejudicado, fica sem estudar", afirma.

Dados do sindicato indicam que a cidade conta com 800 professores, que estão distribuídos em 96 escolas. Oliveira comenta que a prefeitura paga R$ 1.050 correspondente a 40 horas, contrariando o piso legal de R$ 1.187. O G1 não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Simões Filho.


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