(Do G1 BA, com informações da TV Bahia)
Professores de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, fizeram uma passeata pelas ruas da cidade durante a manhã desta quinta-feira (15). Pelo menos 20 mil alunos da rede municipal estão sem aulas desde o dia 6 de setembro, quando a categoria decretou em assembleia o início oficial da greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) na cidade.
Antes da assembleia, a categoria intercalava a suspensão das aulas na metade do turno ou durante um ou dois dias, o que a APLB chamou de "operação tartaruga".
De acordo com Lindinalva de Oliveira, coordenadora da APLB, o objetivo principal do protesto é pressionar a prefeitura à negociação do reajuste salarial e exigir melhores condições de trabalho. “Já mandamos quatro ofícios e eles não nos atendem. Todo dia vamos fazer algum protesto. Fizemos estudos que provaram uma defasagem salarial de 25,71% e que a prefeitura pode pagar até mais”, disse.
Ailton Gomes Sampaio é pai de um garoto de 8 anos que cursa a 4° série do Colégio Batista Paulo de Tarso e aguarda a resolução do problema para que seu filho volte a estudar. "Eu sei que eles têm que protestar. Já tive que levar açúcar para fazer o suco porque lá não tem merenda. Eles reclamam do salário. Mas não pode durar muito tempo porque meu filho sai prejudicado, fica sem estudar", afirma.
Dados do sindicato indicam que a cidade conta com 800 professores, que estão distribuídos em 96 escolas. Oliveira comenta que a prefeitura paga R$ 1.050 correspondente a 40 horas, contrariando o piso legal de R$ 1.187. O G1 não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Simões Filho.
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